A Honda C100 Dream foi lançada em 1992 com um visual de “já te vi antes, não?” De fato não era apenas impressão, afinal, nos anos 1960, muito antes de a Honda se instalar no Brasil, algumas motos Honda semelhantes com a C100 Dream eram comercializadas por importadores independentes.

Estas antecessoras da C100 Dream eram ‘apenas’ as Honda Super Club, produzidas continuamente desde 1958 e consideradas a galinha dos ovos de ouro da Honda, motocicleta responsável por tornar a marca mundialmente conhecida. Em 2017, a Super Club atingiu a impressionante marca de 100 milhões de unidades vendidas.

A chegada da Honda C 100 Dream 

Mantendo os aspectos originais da Super Club e com pequenos retoques estéticos, a Honda C100 Dream manteve o chassi underbone de aço ,escudo de plástico protegendo as pernas, rodas de 17 polegadas, motor monocilíndrico horizontal refrigerado a ar e o característico câmbio de quatro marchas com embreagem automática.

1993: um difícil ano para a produção de motos

Em 1992/1993, as vendas de motos chegaram ao fundo do poço, como pode ser observado pela queda na produção. De 219 mil unidades fabricadas em 1983, dez anos depois passou a se fabricar apenas 83 mil.

Lançar a C100 Dream naquele momento partia da lógica de que nenhuma Honda era capaz de disputar com seu grande atrativo: o baixo consumo de combustível. Além disso, a C 100 Dream era a Honda mais barata do seu catálogo.

A sucessora

Através da Honda C100 Dream, a Honda Biz ganhou seu espaço. Afinal, o modelo foi criado a partir da Dream, porém trazendo uma vantagem indiscutível: seu porta-capacete sob o assento.

Durante todo o período de fabricação no Brasil, a C100 Dream não sofreu praticamente nenhuma alteração estética ou técnica, e isso, no final dos anos 1990, não era visto como bacana, mas sim ultrapassado. Depois de um tempo, a Honda C100 Dream acabou se tornando uma “cult bike”, e um modelo histórico da Honda, valorizado por reproduzir as formas da Super Club.

Quem teve a sorte de pilotar uma Honda C100 Dream sabe o quanto ela era econômica e gostosa de pilotar. Seu banco extenso contava com ergonomia para abrigar tanto pessoas mais altas quanto as mais baixas. Tais características fizeram dela um atrativo para novos clientes, até mesmo aqueles que jamais cogitaram pilotar uma moto.